O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou na
noite desta segunda-feira (16), na capital, a criação do programa de Incentivo
à Gestão Municipal (IGM SUS-SP), que eleva em mais de 85% os repasses estaduais
aos municípios para os serviços públicos de saúde. O valor do aporte deve ficar
próximo de R$ 700 milhões em 2024, de acordo com estimativa da Secretaria de
Estado da Saúde.
“O Incentivo à Gestão Municipal é um aumento do valor para
cada município do estado. Ou seja, são mais recursos para que a gente possa
fazer gestão em saúde. Os municípios que hoje recebem R$ 4 per capita vão
passar a receber entre R$ 10 e R$ 35 per capita, de acordo com alguns fatores
determinados e, obviamente, vinculados ao atingimento de determinados
resultados e metas”, disse o governador em solenidade na Sala São Paulo.
“Eu tenho certeza que o resultado vai ser muito interessante
e a gente vai estar, de fato, raciocinando com a questão da integração, onde o
investimento em prevenção e promoção em saúde vem em primeiro lugar”,
acrescentou Tarcísio de Freitas.
O IGM SUS-SP é estruturado de forma escalonada, conforme a
vulnerabilidade de cada cidade. Isso significa que os repasses serão feitos de
acordo com a colocação do município em seis faixas distintas de classificação,
de acordo com seis indicadores de vulnerabilidade. O programa também amplia a
transparência na aplicação de recursos, já que se baseia em critérios
específicos e mensuráveis para a transferência de verba a cada cidade.
Os 62 municípios considerados mais socialmente vulneráveis
receberão R$ 35 por habitante; os 92 municípios classificados na faixa seguinte
receberão R$ 30 por morador; 162 municípios da próxima faixa receberão R$ 25
por habitante; e os das demais duas faixas terão R$ 20 e R$ 15 por morador,
respectivamente.
Isolada na última faixa de classificação, a cidade de São
Paulo receberá R$ 4 por habitante, totalizando um aporte de mais de R$ 45
milhões. Será a primeira vez que a capital receberá cofinanciamento estadual
para a atenção primária à saúde.
“Mais uma vez o governo dá uma demonstração da prioridade
que trata a área da saúde em São Paulo, com iniciativas inovadoras, com foco no
apoio à gestão municipal. Estamos focados no encaminhamento de soluções que
possam levar o SUS em São Paulo a superar desafios e proporcionar à população
qualidade no atendimento”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Eleuses
Paiva.
Até 2023, os aportes do Governo de São Paulo aos municípios
na área da saúde eram os valores do Piso da Atenção Básica (PAB) estadual e do
programa Quali Mais. O PAB estadual repassa R$ 4 por habitante às prefeituras.
Somados, os programas garantem aos municípios um repasse de R$ 372 milhões por
ano.
Com o IGM, este valor será quase 88% maior em 2024, sendo que os municípios mais vulneráveis que recebiam R$ 4 por habitante passarão a receber R$ 35 per capita, a depender dos indicadores da atenção básica. A Secretaria de Estado da Saúde ficará responsável pelo repasse dos valores.
Indicadores
A iniciativa considera seis indicadores de vulnerabilidade
principais: tamanho da população, percentual de habitantes em situação de
pobreza ou extrema pobreza, receita de impostos e transferências
constitucionais per capita, nível de riqueza, escolaridade e expectativa de
vida apontados pelo Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS – 2018).
Além do componente fixo definido pelos seis indicadores
mencionados, o IGM SUS-SP contará com um componente variável definido por
outros cinco indicadores. O valor variável será definido pelos níveis de
mortalidade infantil, cobertura vacinal, assistência pré-natal, controle de
hemoglobina glicada em pacientes com diabetes e prevenção de câncer de colo de
útero.
Cada município irá se comparar à própria performance no ano
anterior. Na prática, isso significa que quanto melhor for o desempenho
relacionado a esses indicadores, maior será a eficiência em saúde e também o
volume de recursos transferidos pelo Estado.
Nas oficinas de regionalização da Saúde, realizadas entre
abril e outubro deste ano, com a participação dos 645 municípios paulistas, as
gestões municipais apontaram dificuldades financeiras para cumprir obrigações
no setor de saúde. O IGM SUS-SP foi idealizado pelo Governo do Estado como uma
solução inovadora para elevar a qualidade e a oferta dos serviços de saúde em
todo o território paulista.
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